Empreendedorismo Senior é ação da atualidade para o futuro  

O que é necessário para um Empreendedor de Sucesso.

Capital
Uma idéia
Atitudes
Relacionamento


NEWSLETTER



 
  • ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento
  • ba
  • Idepro
  • ba
  • CENAR
  • ba
  • Interamplitude
  • ba

Logística: o desafio da inclusão digital das pequenas empresas
Roberto Matsubayashi

Mais do que o investimento em recursos de informatização, ampliar a abrangência da cadeia de suprimentos exige primeiro a definição de uma estratégia eficiente

A maior parte das empresas conduz suas estratégias de atuação no mercado a partir de uma missão. Cumpri-la envolve a implementação de atividades diversas, todas vinculadas à agregação de valor aos acionistas, colaboradores e mercado. Estas atividades integram uma estrutura cuidadosamente planejada, na qual se levam em conta a cultura da empresa, recursos humanos, o ambiente de negócios, a concorrência e os processos internos.

Neste último quesito está inserida a logística de distribuição. Muito além de apenas fazer com que os produtos e serviços cheguem ao seu destino final, a logística eficiente precisa gerar toda sorte de informações preponderantes para a gestão da empresa. Seus processos, quando bem executados, permitem saber exatamente tudo aquilo que as mais distintas partes, dentro e fora da organização, precisam saber para afinar melhor os instrumentos que conduzem as estratégias de mercado. Em um mundo competitivo e globalizado é fundamental que todos os esforços sejam despendidos para atualizar o conceito básico de “ter o produto certo no lugar certo” para o abrangente “planejar, possuir a quantidade certa, entregar o item correto, no lugar correto e ao menor custo”.

Também a busca das empresas por processos integrados de reciclagem final dos produtos vem-se tornando prática agregada à logística para atender aos novos requisitos demandados pela nova ordem das empresas ambientalmente responsáveis. Inúmeros setores econômicos se desenvolvem continuamente para dar apoio à viabilização do cumprimento destas funções: embalagens; infra-estrutura física, de armazenagem, de transporte; equipamentos de movimentação; as vias de transporte. Também se investe em novas tecnologias e sistemas de informação apoiados em softwares, meios de comunicação, recursos para automatizar a captura e acompanhamento de dados etc.

 

Apesar desse desenvolvimento, o que se vê no mercado, em grande parte, ainda é uma logística praticada de forma parcial: de um lado existe a empresa que entrega e, do outro, aquela que recebe. Esse talvez seja o grande desafio a ser vencido quando pensamos em ampliar a visão de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Isso porque a expansão e modernização desse conceito depende inevitavelmente de recursos e investimentos em informatização, com vistas à melhoria na gestão dos processos, que certamente não estão disponíveis para as micro e pequenas empresas.

 

São inegáveis os danos da exclusão digital à competitividade das empresas brasileiras, ao processo de inovação tecnológica, no custo de produção, nas práticas do comércio eletrônico, na pauta de exportação e no acesso às informações governamentais. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) essa situação prejudica de forma significativa parcela dos cerca de cinco milhões de MPEs existentes no País. Com base nisso, a Secretaria de Tecnologia Industrial do MDIC estruturou um amplo programa de inclusão digital para MPEs. Uma das estratégias adotadas é a implantação de Telecentros de Informação e Negócios, que visam, basicamente, à alfabetização digital desses empresários.

 

De acordo com levantamento realizado em 2003, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP), com base em dados de 1.163 MPEs paulistas, cerca de 47% delas possuem microcomputador e 54% têm acesso à internet. Em geral, essas empresas possuem apenas um computador, de configuração básica, que é utilizado muito mais para acesso a serviços, comunicação via e-mail, pesquisas e site para divulgação da empresa. Do total de entrevistados, 44% afirmaram não comprar novos equipamentos devido aos “elevados investimentos exigidos”.

 

Assinado em outubro do ano passado, com orçamento superior a R$ 18 milhões, o Programa de Informatização da Pequena Empresa do Sebrae Nacional (Proinpe) abrange projetos de informatização das MPEs, a partir de incentivos para aquisição de software de gestão e serviços de informática, além da capacitação para uso dos recursos de Tecnologia da Informação.

 

Seja como for, e ainda que sejam fundamentais tais projetos, vale ressaltar que, em grande parte, o que os empreendedores gostariam primeiramente seria poder contar com a indicação de um caminho certo e de retorno seguro para passar a investir em tecnologia, um suporte para reduzir ao máximo as variáveis de risco de um capital já reduzido. O caminho mais adequado a seguir seria a adoção de padrões e boas práticas, com base em experiências bem sucedidas. No entanto, é preciso considerar que os padrões globais para gerenciamento da cadeia de suprimentos, que já existem, nem sempre podem ser entendidos e adequados às necessidades específicas das MPEs brasileiras.

 

A solução, então, está no conhecimento adquirido na prática, na busca e encontro de soluções por meio da ação, associada à cooperação e à troca de experiências, ao apoio mútuo entre as empresas. Este é o cerne dos programas da GS1 Brasil para gerenciamento da cadeia de suprimentos, que têm demonstrado serem capazes de fortalecem as empresas participantes, acelerando a execução e tendo o sucesso como resultado freqüente.

 

Atualizados com os processos globais, os padrões da GS1 Brasil para o gerenciamento da cadeia de suprimentos incluem o código de barras, EDI, catálogo de produtos (GDSN), e a etiqueta eletrônica (EPC/RFID). Os programas de disseminação desses conceitos são construídos sobre vasta experiência prática de implantação no mundo todo e, mais importante, são adequados a empresas de qualquer porte. Encontrado o caminho para modernizar conceitos de logística de distribuição, torna-se factível o sonho de todo micro e pequeno empresário de conduzir seus negócios dentro dos padrões adotados mundialmente, com isso atingindo novos horizontes em termos de mercado.


Se desejar enviar esta página para um amigo, clique no botão abaixo:


Comentários sobre este Artigo:


Faturamento

Todos os direitos reservados. Copyright 2008

Website criado por interAmplitude